Entrevista:

domingo, 25 de julho de 2010

Tradição oral - Amadou Hampâté Bá



“Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”
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Com esta frase, Amadou Hampâté Bá dá a dimensão da importância da transmissão oral. Ele foi um dos maiores pensadores da África do século XX, tendo recolhido inúmeras histórias e procurado incentivar e divulgar este conhecimento.
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Amadou (1900-1991) nasceu no atual Mali em uma família aristocrática do povo fula. Escritor, etnólogo, filósofo, historiador, poeta e contador, foi da primeira geração local que recebeu educação ocidental francesa. Procurou o reconhecimento da oralidade como fonte legítima de conhecimento histórico. Para isso, recolheu, transcreveu e explicou os tesouros da literatura oral do Oeste da África para o restante do mundo.

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Participando do Conselho Executivo da UNESCO desde 1962, chamou a atenção para a fragilidade desta cultura, proferindo então a famosa frase: “Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”, considerando ancião como "aquele que conhece".
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Em seu livro de memórias Amkoullel, o menino fula, descreve seu cotidiano repleto de aprendizado através das histórias contadas e vividas, além de imerso nas crenças e tradições ancestrais que se misturaram aos preceitos islâmicos.
Participando do Conselho Executivo da UNESCO desde 1962, chamou a atenção para a fragilidade desta cultura, proferindo então a famosa frase: “Cada ancião que morre é uma biblioteca que se queima”, considerando ancião como "aquele que conhece".

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