Entrevista:

segunda-feira, 28 de dezembro de 2009

Contos de Diversos Lugares do Mundo

E ai galera no dia 15 de janeiro de 2010 estarei novamente com minhas narrativas na livraria Cortez... dessa vez com contos inéditos extraidos dos livros "Novas Histórias Antigas" e "Outras Novas Histórias Antigas", da escritora Rosane Pamplona.

Abraços a todos e até lá!!




terça-feira, 4 de agosto de 2009

FILME




O filme "Narradores de Javé" estimula o debate pelos significados que emergem das falas de seus personagens. Construído nas articulações entre presente e passado, o enredo possibilita questionar as visões lineares de interpretação da história e refletir sobre as relações entre história e memória.
É uma homenagem aos contadores de histórias, aos contadores de causos. Se ocorridos ou inventados não importa, o que quero destacar é a sedução que exercem.
“Narradores de Javé” marca a luta de um povo, os moradores do Vale de Javé, no sertão baiano, na tentativa de reconstituir sua história perpetuada através da oralidade, buscando garantir sua existência no futuro, que se encontra ameaçado pela Modernidade: a construção de uma represa que fará o povoado desaparecer em suas águas.

sexta-feira, 31 de julho de 2009

Dicas de Leitura


Para aqueles que desejam conhecer e aprofundar o seu conhecimento sobre os fundamentos da arte de contar histórias, este livro organizado por Gilka Girardello é um prato cheio e muito bem servido. Não apenas pelos autores dos textos compilados, mas também porque fisicamente é uma obra gostosa de folhear e de ler, com ilustrações muito bem inseridas nas páginas.

Contar histórias não é uma competência tão natural assim... - a obra vai mostrar que existem aspectos teórico-práticos a considerar quando da contação por uma pessoa. Aspectos relacionados à história em si, ao ambiente e aos interlocutores (ouvintes), sem o que o processo pode perder a sua vitalidade em termos de comunicação.



Textos e pretextos sobre a arte de contar histórias é um manual para quem quer aprender a ser um contador de histórias. As idéias e experiências contidas na obra são resultado de uma vivência de mais de dez anos como contador de histórias e também como professor da disciplina de Literatura Infantil nos cursos de Letras e Pedagogia. Celso Sisto é autor de mais de quinze livros de literatura infantil, acumulando prêmios nacionais e internacionais.Segundo o autor, “contar histórias é a possibilidade, sim, de formar leitores, num verdadeiro ato de subsistência, não só do já-inventado, mas do universo que as palavras transcriam para levitar”

Bem, estas duas obras não só fazem parte do meu acervo, como as deixo na cabeceira de minha cama. Abraços e boa leitura!!

terça-feira, 28 de julho de 2009

SEMINÁRIO INTERNACIONAL DE CONTADORES DE HISTÓRIAS NA JORNADA DE PASSO FUNDO

Seminário Internacional de Contadores de Histórias

O texto escrito na narração oral: o estilo e a autoria

Período: 25 a 28 de agosto de 2009
Horário: das 8h30min às 11h30min
Coordenador: Celso Sisto

O Seminário Internacional de Contadores de Histórias, da 13ª Jornada Nacional de Literatura de Passo Fundo, tem como proposta refletir sobre o texto escrito na narração oral, enfatizando a questão do estilo e da autoria.

Para tanto, está dividido em três eixos principais de discussões e trabalhos: os caminhos e os limites do texto escrito em sua vertente oral; a performance cênica requisitada pelo texto na oralidade e a narração oral e a utilização de recursos cênicos, como bonecos, objetos, adereços, etc.

Ouvindo e vendo contadores de histórias de estilos variados, formações distintas e posições solidificadas pela prática, vindos dos mais variados lugares e países, poder-se-á ter uma ideia bastante acurada dessa linguagem artística, tão atual e tão tributária da tradição.

As inscrições, tanto para a Jornada quanto para a Jornadinha, serão realizadas somente pela internet. Confira no link abaixo as datas e os procedimentos para a inscrição:

http://www.jornadadeliteratura.upf.br/2009/index.php?option=com_content&view=article&id=139&Itemid=72

Sobre os "Contos de Fadas"


Os contos de fadas são uma variação do conto popular ou fábula. Partilham com estes o fato de serem uma narrativa curta, transmitida oralmente, e onde o herói ou heroína tem de enfrentar grandes obstáculos antes de triunfar contra o mal. Caracteristicamente envolvem algum tipo de magia, metamorfose ou encantamento, e apesar do nome, animais falantes são muito mais comuns neles do que as fadas propriamente ditas. Alguns exemplos: "Rapunzel", "Branca de Neve e os Sete Anões" e "A Bela e a Fera".

Hora da História




O SONHO DE ISMAR

Há muitos e muitos anos, vivia na cidade de Damasco, na Síria, um pobre homem chamado Ismar. Ismar sempre lutara para ganhar a vida dignamente; não tendo podido estudar e aprender uma profissão, sujeitava-se a qualquer espécie de serviço: limpava jardins, carregava pedras, buscava água, sempre com boa vontade, trabalhando sem se queixar. Com o passar dos anos, porém, Ismar começou a sentir-se cansado e preocupado. Durante a vida toda só trabalhara e nunca conseguira juntar qualquer dinheiro, nenhuma economia que pudesse socorrê-lo em caso de necessidade. A única coisa que tinha de seu era uma casa, herança antiga da família.

A casa ficava num bairro pobre de Damasco, no fim de uma rua esburacada. Era feita de pedras e protegida por um portãozinho de madeira. Atrás da casa corria um riacho; à beira do riacho crescia uma velha figueira e era à sombra dessa figueira que Ismar costumava descansar depois de trabalhar a manhã toda. Ali ele refletia sobre sua vida e se perguntava o que seria dele quando a velhice não lhe permitisse mais o esforço físico. Estou ficando velho, pensava, não tenho filhos que me possam sustentar. Será que Alá, meu pai divino, vai me abandonar?

Sempre assim cismando, um dia Ismar dormiu, recostado à figueira, e teve um sonho; sonhou que estava na cidade do Egito. Ele nunca havia estado realmente no Egito, mas no sonho passeava com desembaraço pela avenida central da cidade e distinguia perfeitamente os mercadores de tapetes, os minaretes das mesquitas. Atravessando uma praça, ele dobrava à direita, descia uma rua estreita, chegava a um rio. Sobre o rio havia uma ponte e embaixo da ponte - ó maravilha! - um cofre repleto de moedas e jóias reluzentes!

Quando acordou, Ismar teve certeza de que aquele era o tesouro que Alá lhe reservara. O sonho tinha sido tão nítido, tão preciso nos detalhes, não havia engano! Sem pensar em mais nada, ele arrumou sua trouxa e pôs-se a caminho do Cairo. Era uma longa distância, principalmente para ele, que ia a pé e sem dinheiro. No entanto, movido pela convicção de encontrar sua fortuna, Ismar atravessou desertos e vales, rios e florestas, até chegar, finalmente, exausto e maltrapilho, à cidade que lhe aparecera em sonho. Sua fé, então, redobrou de vigor, pois o Cairo era exatamente como ele havia sonhado! Ele reconheceu a avenida principal, os mercadores de tapetes, os minaretes das mesquitas; chegou à praça, virou à direita, desceu a rua, avistou o rio, aproximou-se da ponte, mas... no exato lugar em que deveria estar o tesouro, não havia cofre algum; havia, isso sim, um mendigo mais pobre e maltrapilho que ele.



Chocado, Ismar deu-se conta da sua loucura! Como pudera acreditar tão piamente num simples sonho? Que tolo fora! E agora, com que forças enfrentaria a viagem de volta? Que impulso de fé ou esperança sustentaria aquela alma tão esvaziada pela decepção? Não, pensou ele. Melhor será acabar com os meus dias aqui mesmo. Nenhuma esperança me resta. E, decidido a se afogar, subiu à ponte. Já estava quase se atirando quando sentiu que alguém o segurava, agarrando sua perna por debaixo da ponte.

Era o mendigo que gritava:

- Hei amigo! Cuidado, você pode morrer! Esse rio é perigoso!

- Ainda bem! - respondeu Ismar - É isso mesmo que desejo: matar-me.

- Não faça isso. - ponderou o mendigo - Você ainda tem muito que viver. Escute, desça até aqui e conte-me a sua história. Faça sua última boa ação, entretendo um miserável como eu. Depois, se quiser, pode se matar!

Ismar hesitou, mas resolveu afinal repartir suas dores com aquele desconhecido. Contou-lhe o sonho, concluindo:

- Então, no mesmo lugar em que deveria estar o cofre, estava você... Agora, diga-me, não tenho razão em querer acabar com minha vida?

- Olhe, - exclamou o mendigo - não queria dizer isso, mas acho que você tem razão. Você foi muito irresponsável, um louco!!! Acreditar num sonho! E que você sonhou só uma vez? Veja se tem cabimento! Pois fique sabendo que eu, há cinco anos, tenho o mesmo sonho, que se repete quase todas as noites. E não é por isso que vou sair correndo atrás do que sonhei.

- E o que você sonha? - perguntou curioso Ismar.

- Escute só: eu sonho que estou na Síria, na cidade de Damasco, o que já é uma asneira, pois nunca estive na Síria. Estou num bairro pobre, seguindo por uma rua esburacada. No fim da rua há uma casa de pedra, protegida por um portãozinho de madeira. Atrás da casa corre um riacho; à beira do riacho cresce uma figueira e, dentro dessa figueira, que é oca, há um tesouro! Não é uma bobagem? Eu é que não sou louco de acreditar em sonhos, não acha?

Ismar não respondeu. Estava pasmo, pois reconhecera, pela descrição do mendigo, a sua rua, a sua casa, a sua amada figueira!

Compreendendo os laços do destino, abraçou o mendigo, tomou o caminho de volta e chegando à sua casa, foi direto à velha árvore, onde o tão sonhado tesouro o aguardava.Ismar então fechou os olhos pensou e disse:

- Feliz daquele que sonha e vai atrás de seu sonho!

sexta-feira, 10 de julho de 2009

REPORTAGEM RIT TV

No mesmo dia 4 de julho na Livraria Cortez, fui entrevistado pela RIT TV sobre a profissão Contador de Histórias. A reportagem ficou muito legal e em breve irei postá-la. Por enquanto fiquem com algumas fotinhas. Um forte abraço a querida Elaine Ruivo da RIT TV, pessoa na qual tem me apoiado muito aqui em São Paulo. Ah, e claro a doce e paciente Carol, repórter que me entrevistou. Bjooos







ESTRÉIA NA CORTEZ

Podemos dizer que agora foi minha estréia em São Paulo. Depois de muitos percalços finalmente pude mostrar minhas histórias e graças a Deus tudo ocorreu perfeitamente. Quero agradecer especialmente ao Ednilson (gerente da loja), por acreditar no meu trabalho e me ajundando na divulgação do mesmo. Bem, estou postando algumas fotinhas e em breve postarei o video desde momento tão especial.





segunda-feira, 26 de janeiro de 2009